3º Seminário Regional do Agronegócio foi realizado nessa quarta-feira

O evento aconteceu no Salão da Comunidade Evangélica de Três de Maio

1º palestrante: Bolivar Nóbrega de Faria
Organizado pelo Curso Técnico em Agropecuária e o curso superior em Agronomia da Sociedade Educacional Três de Maio (SETREM), o 3º Seminário Regional do Agronegócio foi realizado nessa quarta-feira, dia 23 de outubro, no salão da Comunidade Evangélica de Três de Maio. O evento foi promovido pela SETREM, em parceria com a Camera, Agroceres Multimix e Sicredi.

Um grande público acompanhou as palestras durante todo o dia. A abertura oficial aconteceu às 09:00 horas, com a presença de autoridades. Após, teve início o ciclo de palestras.

1ª Palestra: Nutrição de vacas em período de transição
2º palestrante: Marcos Ortiz
O palestrante Bolivar Nóbrega de Faria falou sobre o ciclo produtivo das vacas, o consumo e a importância da qualidade do mesmo no período de transição. Segundo Bolivar, é preciso ter uma atenção redobrada com esses animais, pois eles precisam de uma boa preparação para que não tenham problemas após o parto

2ª Palestra: Da cidade para o campo: A construção de uma propriedade
O produtor Marcos Ortiz falou sobre a reestruturação da propriedade rural da família, usando um sistema de integração lavoura pecuária, recuperação do solo e a constante busca por conhecimento.
Ao meio dia foi servido almoço aos participantes do Seminário

3ª Palestra: Silagem de milho: como garantir volumoso de alta qualidade
3º palestrante: Patrick Schmidt
Patrick Schmidt abordou todas as etapas para a conservação de volumoso através da silagem da cultura do milho. Falou sobre a história do método, os processos envolvidos e os resultados obtidos em pesquisas realizadas pela sua equipe. Segundo ele, há diferenças na produção de leite das vacas, de acordo com a qualidade da silagem. Vacas que consomem silagem de alta qualidade produzem mais.  O palestrante explanou também sobre as perdas, que acontecem desde a hora da preparação da área onde será cultivado o milho, até a abertura do silo. A compactação no silo também é um fator determinante para reduzir perdas e melhorar a qualidade do volumoso. Um detalhe importante: quanto mais forte o cheiro da silagem, melhor a qualidade.

4ª Palestra: Nutrição de vacas em lactação e bem estar para vacas
O palestrante Euler Rabelo, da Rehagro, falou sobre a nutrição, alimentação e bem estar dos animais. Segundo ele, a alimentação na produção de leite representa entre 40 a 60% do custo total da atividade: leite entra pela boca da vaca, enfatizou.  É importante também evitar mudanças de consumo, principalmente na época de transição (período seco) dos animais

4º palestrante: Euler Rabelo
O bem estar dos animais é fundamental. Cada animal deve ter um espaço de 5m2 de sombra e cerca de 75 cm de espaço no coxo para que não haja competição entre os animais.

Ganhador da ovelha oferecida pela SETREM (no centro)
Alguns dados sobre o tempo que vaca gasta em atividades durante o dia: A vaca gasta 05 horas comendo (em sistema freestal) e 8 horas em sistema de pastoreio;  de 12 a 14 horas deitada;  de 2 a 3 horas em pé, caminhando, brincando; 0,5 horas bebendo água, o que somam de 20,5 a 21,5 horas/dia necessários para essas atividades, mais cerca de 2,3 a 3,5 horas ordenhando – totalizando assim 24 horas.

A nova vitamina que está sendo muito debatida, segundo o palestrante, é a Vitamida “D”, de descanso. Quanto mais tempo a vaca descansa, mais leite ela produz, e para isso é fundamental o conforto. Um local adequado, com sombra, é o ideal.

Durante o seminário foram sorteados vários brindes, entre eles uma ovelha, oferecida pela SETREM. O ganhador da mesma é do município de Nova Candelária.

Texto e fotos: Vanderlei Holz Lermen

Dia de Campo sobre Culturas de inverno foi realizado nessa sexta-feira

A SETREM, em parceria com a COTRIMAIO e EMATER, promoveram na tarde dessa sexta-feira, dia 04 de outubro, um Dia de Campo de Culturas de Inverno, enfatizando a cultura do Trigo.
 
Com início às 13h30min, o dia de campo reuniu agricultores, profissionais da região, e também estudantes dos cursos Técnico em Agropecuária e Agronomia da SETREM.
 
O evento foi dividido em várias estações, onde foram apresentadas novas cultivares de trigo, manejo de pragas, integração lavoura pecuária e resposta da cultura à adubação nitrogenada.

Estação: Integração lavoura-pecuária, com Renato Serena Fontaneli da Embrapa Trigo.
Segundo Fontaneli, há três formas do produtor ganhar dinheiro: trabalhando mais, gastando menos e produzindo qualidade. No caso da integração lavoura-pecuária, na cultura do trigo, o uso do sistema proporciona a combinação entre produção de leite, ou carne, e ainda uma boa produção de grãos, já que o corte nivela a lavoura e reduz o acamamento. Para essa integração, o produtor deve buscar as cultivares específicas, de duplo propósito e ter um manejo diferenciado da lavoura, como por exemplo fazer a semeadura antes do ciclo normal, para ser possível realizar 2 pastejos, sem comprometer o rebrote e desenvolvimento da cultura. Na estação foram apresentados alguns resultados, comparando experimentos, com 2, 1 e sem cortes.
Estação: Percevejos em trigo: danos e manejos, com Antônio Ricardo Panizzi da Embrapa Trigo.
Panizzi falou sobre as pragas na cultura do trigo, principalmente o ataque de percevejos na cultura. Segundo ele, a palhada que fica na lavoura serve como abrigo dessa “bicharada”. Falou também sobre a hora de entrar na lavoura com inseticidas, prazos de carência após a aplicação, danos nas plantas, causados pelo percevejo marrom e barriga verde.
Estação: Trigo BRS Parrudo: respostas à adubação nitrogenada. Com Eduardo Caierão, da Embrapa Trigo.
Eduardo falou sobre a cultivar e a resposta à adubação nitrogenada, em diferentes doses. A cultivar responde muito bem à adubação, pois tem uma arquitetura de planta adequada, alta produção, resistência a doenças e proporciona uma boa qualidade de grãos. Além disso, as folhas mais eretas proporcionam maior absorção de luz, com menos problemas de doenças na cultura. Eduardo enfatizou ainda que o melhor momento de aplicação de nitrogênio é no estágio de perfilhamento, onde doses muito altas podem ser divididas em duas aplicações.
Estação: Cultivares de trigo, com Giovane Stefani Faé, da Embrapa Trigo, Cassiano Bruisma, da CCGL TEC, Thomas Scopel, da Coodetec, e Lorenzo Mattioni Viecili, da Biotrigo.
Na estação foram apresentadas várias cultivares de trigo, e as características das mesmas, como resistência a doenças, qualidade de grãos, manejo enumero de plantas por hectare. Os produtores puderam conhecer também as novas cultivares, que devem estar no mercado nos próximos anos.
Confira as fotos do evento no Facebook da SETREM
 
Texto: Vanderlei Holz Lermen

Seminário sobre Integração Lavoura - Pecuária - Floresta será amanhã


A SETREM, a EMBRAPA e a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo – Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento convidam Vossa Senhoria a participar do Seminário Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), a realizar-se no dia 04 de outubro de 2013, sexta-feira, das 8h às 12h, no auditório da SETREM, em Três de Maio/RS. 

No Seminário ILPF serão apresentados estudos de casos de integração lavoura-pecuária, floresta-pecuária, lavoura-pecuária-floresta em andamento no Sul do Brasil. Processos de produção da agricultura regional, demandas de mercado, tecnologia e renda das propriedades serão também focalizados.

O Programa ABC - Agricultura de Baixo Carbono e o Programa ILPF terão destaque, com indicação de fontes de financiamento e crédito disponível para Projetos de ILPF no Sul do Brasil. A produção integrada pode melhorar o uso da terra, a estabilidade econômica e a renda da propriedade rural. 

Objetivos:

1. Apresentar e discutir o que há de mais novo em tecnologias para sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). 

2. Indicar fontes de financiamentos para projetos de ILPF. 

3. Viabilizar a implantação de uma Unidade de Referência Tecnológica de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta no noroeste gaúcho. 

4. Contribuir para o aumento de produtividade e de renda local por meio de soluções tecnológicas transferíveis e absorvíveis pelos diversos setores da cadeia produtiva do agronegócio. 

Ao setor agropecuário está reservada a missão atual de produzir alimentos, fibras e energia de forma sustentável para o mundo, com o menor impacto aos biomas e foco na conservação dos recursos naturais. O aumento da produtividade na agricultura sem abertura de novas áreas é uma alternativa que o Brasil vem adotando com sucesso. 

Para o melhor desempenho dos sistemas de produção e aumento da produtividade, faz-se necessário desenvolver soluções tecnológicas transferíveis e absorvíveis pelos diversos setores da cadeia produtiva do agronegócio. 

Neste sentido, tecnologias para sistema de integração lavoura-pecuária-floresta, tema inovador no setor agropecuário, têm aceitação crescente entre técnicos e produtores. 

Para Balbino et al. (2011), os sistemas de integração podem ser classificados em quatro grandes grupos: 

1. Integração Lavoura-Pecuária (ILP) ou Agropastoril: sistema de produção que integra o componente agrícola e pecuário em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área e em um mesmo ano agrícola ou por vários anos, em sequência ou intercalados. 

2. Integração Pecuária-Floresta (IPF) ou Silvipastoril: sistema de produção que integra o componente pecuário (pastagem e animal) e florestal, em consórcio. Este sistema de produção é mais direcionado para áreas com dificuldade de implantação de lavouras. 

3. Integração Lavoura-Floresta (ILF) ou Silviagrícola: sistema de produção que integra os componentes florestal e agrícola pela consorciação de espécies arbóreas com cultivos agrícolas anuais ou perenes. 

4. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) ou Agrosilvipastoril: sistema de produção que integra os componentes agrícola e pecuário em rotação, consórcio ou sucessão, incluindo também o componente florestal, na mesma área. O componente “lavoura” restringe-se ou não à fase inicial de implantação do componente florestal. 

Os sistemas de integração tem se expandido, especialmente para produção de grãos, fibra, energia, florestas, bovinos de corte e leite, além de ovinos e caprinos, dependendo da região. O Seminário ILPF vai tratar deste tema inovador da agropecuária.

PROGRAMAÇÃO: 

8h – Inscrições 

8h30min – Solenidade de abertura

9h15min – Palestra: Situação e perspectiva da agropecuária brasileira – Dr. Waldyr Stumpf Junior, Diretor-Executivo de Transferência de Tecnologia – Embrapa Sede 

9h30min – Palestra: Forrageiras para Integração Lavoura-Pecuária-Floresta – Dr. Renato Serena Fontaneli -Embrapa Trigo 

9h55min – Palestra: O Componente Florestal no Sistema Lavoura-Pecuária-Floresta -Dr. Jorge Ribaski -Embrapa Florestas 

10h20min – Palestra: Estabelecimento de Plantas Forrageiras em Sistemas de Integração Floresta-Pecuária no Sul do Brasil – Eng. Agr. M.Sc. Marco Antônio Karam Lucas - Embrapa Pecuária Sul 

10h45min – Palestra: Integração Lavoura-Pecuária-Floresta no Norte do Rio Grande do Sul – Estudo de Caso – Eng. Agr. Ilvandro Barreto de Melo -Emater Regional Passo Fundo 

11h10min – Palestra: Lavoura, Pecuária e Silvicultura no Noroeste Gaúcho: Tecnologia e Renda – Eng. Agr. M.Sc. Jorge Lemainski -Câmara dos Deputados/Embrapa Cerrados 

11h30min – Palestra: Programa Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e as Ações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Eng. Agr. M.Sc. Caio Rocha -Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo – MAPA