Estudantes do CTA organizam viagem para a Expointer

Os estudantes do curso Técnico em Agropecuária - CTA - estão organizando uma viagem para visitar a Expointer, no município de Esteio. Há vagas para os estudantes do CTA, estudantes em estágio, estudantes do curso de Agronomia e professores da SETREM. A viagem está programada para o dia 27 de agosto, com saída a 01:00 hora da madrugada da cidade de Três de Maio, com chegada prevista em Esteio as 08:00 horas da manhã.

A saída da feira está prevista para as 16h30min e chegada as 22:00 horas do mesmo dia em Três de Maio. O valor da passagem é de R$ 60,00, que deve ser pago juntamente com a inscrição, até o dia 15 de agosto. Para realizar a inscrição, o interessado deve comparecer ao departamento do CTA na SETREM. É necessário apresentar o RG. 

Volta as aulas

Nessa segunda-feira, dia 29 de julho, os alunos voltaram as aulas após o período de férias de inverno. Os estudantes do 2º Semestre do 4º ano do Curso Técnico em Agropecuária iniciaram o segundo semestre com aulas práticas. Visitaram as instalações da suinocultura, ovinocultura e bovinocultura de leite, nas disciplinas de Manejo de Ovinos e Suínos e disciplina de Manejo de Gado Leiteiro, com o professor Hélio Franciscatto.

Curso Básico de Hidroponia será oferecido nos próximos meses pela SETREM

A produção de hortaliças no sistema de hidroponia é uma prática que vem conquistando mais espaço a cada ano nas propriedades rurais e, principalmente, ocupando a mesa dos consumidores com cada vez mais frequência.

Segundo o coordenador do Curso Técnico em Agropecuária da SETREM, Claudinei Schmidt, o cultivo hidropônico consiste na produção de plantas sem solo. “Elas são cultivadas em bancadas ou recipientes com substrato artificial, recebendo todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento através de uma solução nutritiva (água mais fertilizantes) na quantidade e momento certo para cada espécie”.

Diferentes espécies vegetais podem ser cultivas no sistema hidropônico, sendo necessária apenas a adequação da estrutura e solução nutritiva específica para cada cultura. Mais informações podem ser obtidas no Setor de Plasticultura, ou realizando um Curso Básico de Hidroponia, que será oferecido nos próximos meses às pessoas interessadas nesta prática.

Mercado exige profissionais qualificados

Formação técnica aliada à humana é um dos diferenciais do Curso Técnico em Agropecuária da SETREM

O setor agropecuário é um grande propulsor do desenvolvimento econômico, representando no Brasil, na safra 2011/2012, 22,74% do Produto Interno Bruto (PIB), 41,7% das exportações totais e 40% da oferta de empregos. O resultado tem como base os investimentos em técnicas de produção, máquinas e equipamentos, insumos e, principalmente, na qualificação da mão de obra, área atendida pela Sociedade Educacional Três de Maio (SETREM) há 42 anos através do Curso Técnico em Agropecuária (CTA).

Os profissionais formados na Instituição saem preparados para atender às necessidades de produção, bem como as de organização do agronegócio, visando à qualidade e a sustentabilidade técnica, econômica, social e ambiental. Há total atenção também com formação cidadã, preparando pessoas capazes de interagir com a sociedade na defesa dos recursos ambientais, despertar o espírito crítico para que o técnico ao ingressar no mercado de trabalho tenha a habilidade de analisar os processos de produção, sendo capazes de transformá-los de forma empreendedora, quer seja atuando na produção direta, na extensão ou na pesquisa.

Espaço para a prática

A SETREM disponibiliza aos seus estudantes vivenciar na prática atividades na Área Experimental, Tambo, Agroindústria, Setor de Suinocultura, Avicultura, Pequenos Animais, horta, pomar, estufas agrícolas, laboratório de análise de solos e de sementes, situadas no campus da escola; bem como na Escola Fazenda, localizada no interior do município de Independência. A Área Experimental possui aproximadamente cinco hectares onde são desenvolvidos os ensaios experimentais com diversas culturas de interesse agronômico. Já a Escola Fazenda conta com uma área de aproximadamente 160 hectares cultivados, sendo utilizada para a realização de testes, em áreas extensivas, de acordo com os resultados dos ensaios efetuados na Área Experimental.

O tambo mantêm um plantel de animais das raças Holandês e Jersey, com aproximadamente 45 vacas em lactação, terneiras, novilhas em criação, vacas secas e ainda os machos criados em confinamento para abate. Ocorrem ainda aulas práticas que envolvem a diversificação de culturas, implantação de um plano de rotação de culturas, conservação do solo e da água, sistema de semeadura direta, regulagem e manutenção de máquinas e implementos, vistoria de lavoura para produção de grãos e de sementes, manejo integrado de pragas, doenças e plantas invasoras, além da realização das avaliações de rendimento e perdas na colheita.

Profissional completo

No setor pecuário, há estrutura para Suinocultura, Avicultura, Ovinocultura, Pequenos Animais e Apicultura. Além da produção agropecuária, a instituição também trabalha com a agroindustrialização como forma de agregação de valor aos produtos agropecuários. Para isso, contamos com uma agroindústria composta por três partes distintas, quanto ao processo de industrialização: uma área destinada a produção de derivados de leite, a segunda para produtos cárneos e a terceira para vegetais.

O CTA trabalha também com a produção de hortaliças em cultivo a campo, em estufas agrícolas e sistema hidropônico, bem como a produção de plantas ornamentais realizada em ambiente protegido nas estufas agrícolas. Usufruindo desta estrutura, a SETREM tem como objetivo habilitar profissionais para gerir a propriedade rural, bem como para orientar os produtores rurais através das atividades de extensão, a fim de suprir necessidades do mercado regional. Isso é possível devido à realização de atividades que proporcionam aos estudantes a oportunidade de aprofundarem os conhecimentos através da realização das atividades práticas; dias de campo e participação em seminários.

Também são realizados trabalhos como o “Projetão”, que desafia os estudantes no planejamento de uma propriedade rural, demonstrando sua viabilidade técnica, econômica, social e ambiental, numa perspectiva de vivenciar os desafios da futura profissão.

Turma do CTA realizou na semana passada a apresentação do estudo de viabilidade técnica, econômica, social e ambiental de uma propriedade rural

O “Projetão”, como é conhecido pelos estudantes, foi apresentado pelos estudantes do 3º semestre do Curso Técnico em Agropecuária.

Vanderlei Holz Lermen

O projeto é um trabalho interdisciplinar, onde os alunos aplicam todo o aprendizado adquirido durante o Curso Técnico em Agropecuária para realizar um planejamento em uma propriedade rural. O trabalho é um estudo da viabilidade técnica, econômica, social e ambiental dessa propriedade.

No início é realizado um diagnóstico do que há na propriedade, amostragem de solo para análise, divisão (em glebas) e medição da área, levantamento sobre a Reserva Legal, APP – Área de Preservação Permanente,se está  de acordo com a legislação, inventário de máquinas e benfeitorias, e as culturas que estão sendo produzidas na propriedade. A partir disso é realizada uma análise e são sugeridas algumas mudanças, é feito um plano de rotação de culturas, cálculos de custos de produção de cada atividade, custos diretos e indiretos.

É realizado também um planejamento das culturas de subsistência, que atendem as pessoas que residem naquela propriedade. É feita a análise social, como aquela família está inserida na comunidade, se participa de sindicatos, se é sócia de alguma cooperativa ou faz trocas de serviços com os vizinhos. A questão ambiental também é avaliada, desde as reservas, uso correto de agrotóxicos, adubação conforme análise de solo, forma de plantio, uso de IPI na aplicação de agrotóxicos.

Com essas análises os alunos fazem um planejamento da propriedade para 1 ano agrícola. Segundo o Coordenador do Curso, Claudinei Márcio Schmitt, “técnica são as indicações, qual a cultivar, espaçamento que deve ser utilizado. Econômica, a atividade precisa ser rentável. O ambiental é encontrar uma forma de causar o menor impacto possível no ambiente. Essa é a ideia do trabalho.”

Claudinei relata que a tarefa foi passada aos alunos já no final do semestre passado (2º semestre): “o professor que coordenava isso, o Marcos Garrafa, dentro da disciplina de Culturas Regionais, no final do semestre passado já fez a formação dos grupos, que já podiam buscar algumas informações. Parece ser muito tempo, mas na verdade não é, pois são muitas coisas para serem analisadas e planejadas.”


Os estudantes tiveram uma hora aula por semana para orientação, organização e elaboração do projeto. Mas, certamente muita coisa precisou ser feita fora da sala de aula. “Para melhorar isso, e já dar condições para o estudante fazer esse projeto durante todo o curso, os trabalhos durante o decorrer já podem ser realizadas em cima dessa propriedade onde será desenvolvido o projeto. Até então se fazia tudo isso no último semestre. Agora, vai facilitar um pouco mais, pois os estudantes já terão uma organização e partes do projeto quase terminados” – destacou o coordenador

O resultado desse estudo é um relatório escrito e maquetes da área da propriedade, que são apresentados a uma banca. Os alunos elaboram um projeto, defendem ele perante uma banca, que é formado por alguns professores, que fazem a avaliação e escolha dos 2 melhores trabalhos. Os alunos que elaboraram os trabalhos vencedores recebem um troféu, Troféu Valdir Benedetti. O nome do troféu refere-se ao professor Valdir Benedetti, que teve a ideia e implementou esse processo no curso. Segundo Claudinei, com o tempo algumas mudanças foram feitas. “A alguns anos atrás a propriedade em que se realizava o projeto era fictícia. Uma propriedade era inventada. Há 3 anos começou-se a fazer com propriedades reais, o que facilita um pouco  o trabalho, pois os alunos podem observa as coisas. Antes se partia do nada, desde a compra da terra e implementos. Isso dificultava a viabilização da propriedade no projeto, pois o investimento inicial era muito grande. Agora os alunos já encontram uma estrutura inicial, fazem melhorias e sugerem adequações.

Depois da apresentação os estudantes recebem um tempo para fazer a revisão do trabalho indicado pelos professores avaliadores. “Por exemplo, a turma que apresentou nos dias 24, 25 e 26 de junho terão até o dia 8 de julho para fazer a entrega da versão final corrigida. Tudo o que a banca questionou e sugeriu deve ser feito na correção. No dia 8 são entregues a versão corrigida e a versão apresentada na banca, que serão comparadas e averiguado se as correções solicitadas foram feitas.  Assim teremos condições de dar o resultado final.”

O projeto é considerado como uma disciplina no curso. É um componente que cria uma situação onde que o aluno aplica em um projeto, tudo o que estudou de forma fragmentada durante o curso.

Alunos vão participar da Olimpíada Brasileira de Agropecuária

Organizado pelo IFSULDEMINAS, competição científica tem como intuito melhorar o ensino público ligado à agropecuária

Ismael Sphor, Juliana Naressi e Rodrigo Bazana / Foto: Paulo Daniel
Uma equipe do Curso Técnico em Agropecuária (CTA) da Sociedade Educacional Três de Maio (SETREM) vai participar da Olimpíada Brasileira Agropecuária (OBAP 2013), organizada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS). A competição científica tem como intuito melhorar o ensino público ligado à agropecuária e estimular os jovens estudantes técnicos às carreiras técnico-científicas agropecuárias por meio do trabalho em equipe e da cooperação mútua em situações desafiadoras da área. Ismael Sphor, Juliana Naressi e Rodrigo Bazana, alunos do 4º CTA, 3º semestre, são os representantes da SETREM, sob a supervisão do professor Claudinei Márcio Schmidt, coordenador do Curso. O nome escolhido para a equipe foi “Graxaim”, em homenagem ao animal silvestre que habita a região Sul do Brasil.

A competição é dividida em três fases, as duas primeiras realizadas virtualmente, com testes de múltipla escolha destinados a avaliar o conhecimento nas áreas de Agricultura e Zootecnia. A última etapa é presencial e ocorrerá no campus do IFSULDEMINAS, nos dias 11 e 12 de outubro, em Machado (MG). A novidade dessa edição será a realização de uma tarefa prática pelas equipes que se classificarem para a final, além do estudo de caso. “O tema sugerido é o consumo de frutas. Para o estudo podemos utilizar duas espécies nativas e duas exóticas. Teremos que montar um projeto desde a produção, passando pelo processamento e mostrando como isso vai chegar ao consumidor. A equipe terá que planejar todas as etapas e isso será avaliado”, explica Schmidt.

Segundo o coordenador, a participação em atividades extraclasse é fundamental aos alunos. “Não podemos focar apenas na formação técnica, mas também na parte humana, fortalecendo a comunicação e o relacionamento e, assim, contribuindo para uma visão mais ampla dos processos, pois a profissão está a cada dia mais globalizada. Em nosso curso, não limitamos o conhecimento a uma única área de atuação, pois exploramos um leque bem amplo, da fruticultura até a pecuária. Muitos alunos vêm com a ideia de produzir soja, milho, trigo e leite. Mas a profissão é muito maior do que isso e há várias outras áreas que demandam a atuação deles. Quanto à fruticultura, por exemplo, em todos os semestres recebemos e-mails pedindo alunos para estágio na área, mas não há o interesse. Então buscamos, através da participação em eventos e da realização de estudos de caso, mostrar que há outras opções na região além daquela matriz que já existe”, finaliza Claudinei Schmidt. O OBAP tem parceria da Embrapa e apoio do CNPq, MEC/Setec, Fapemig e Sebrae-MG.

Créditos: Assessoria de Comunicação SETREM