Turma do CTA realizou na semana passada a apresentação do estudo de viabilidade técnica, econômica, social e ambiental de uma propriedade rural

O “Projetão”, como é conhecido pelos estudantes, foi apresentado pelos estudantes do 3º semestre do Curso Técnico em Agropecuária.

Vanderlei Holz Lermen

O projeto é um trabalho interdisciplinar, onde os alunos aplicam todo o aprendizado adquirido durante o Curso Técnico em Agropecuária para realizar um planejamento em uma propriedade rural. O trabalho é um estudo da viabilidade técnica, econômica, social e ambiental dessa propriedade.

No início é realizado um diagnóstico do que há na propriedade, amostragem de solo para análise, divisão (em glebas) e medição da área, levantamento sobre a Reserva Legal, APP – Área de Preservação Permanente,se está  de acordo com a legislação, inventário de máquinas e benfeitorias, e as culturas que estão sendo produzidas na propriedade. A partir disso é realizada uma análise e são sugeridas algumas mudanças, é feito um plano de rotação de culturas, cálculos de custos de produção de cada atividade, custos diretos e indiretos.

É realizado também um planejamento das culturas de subsistência, que atendem as pessoas que residem naquela propriedade. É feita a análise social, como aquela família está inserida na comunidade, se participa de sindicatos, se é sócia de alguma cooperativa ou faz trocas de serviços com os vizinhos. A questão ambiental também é avaliada, desde as reservas, uso correto de agrotóxicos, adubação conforme análise de solo, forma de plantio, uso de IPI na aplicação de agrotóxicos.

Com essas análises os alunos fazem um planejamento da propriedade para 1 ano agrícola. Segundo o Coordenador do Curso, Claudinei Márcio Schmitt, “técnica são as indicações, qual a cultivar, espaçamento que deve ser utilizado. Econômica, a atividade precisa ser rentável. O ambiental é encontrar uma forma de causar o menor impacto possível no ambiente. Essa é a ideia do trabalho.”

Claudinei relata que a tarefa foi passada aos alunos já no final do semestre passado (2º semestre): “o professor que coordenava isso, o Marcos Garrafa, dentro da disciplina de Culturas Regionais, no final do semestre passado já fez a formação dos grupos, que já podiam buscar algumas informações. Parece ser muito tempo, mas na verdade não é, pois são muitas coisas para serem analisadas e planejadas.”


Os estudantes tiveram uma hora aula por semana para orientação, organização e elaboração do projeto. Mas, certamente muita coisa precisou ser feita fora da sala de aula. “Para melhorar isso, e já dar condições para o estudante fazer esse projeto durante todo o curso, os trabalhos durante o decorrer já podem ser realizadas em cima dessa propriedade onde será desenvolvido o projeto. Até então se fazia tudo isso no último semestre. Agora, vai facilitar um pouco mais, pois os estudantes já terão uma organização e partes do projeto quase terminados” – destacou o coordenador

O resultado desse estudo é um relatório escrito e maquetes da área da propriedade, que são apresentados a uma banca. Os alunos elaboram um projeto, defendem ele perante uma banca, que é formado por alguns professores, que fazem a avaliação e escolha dos 2 melhores trabalhos. Os alunos que elaboraram os trabalhos vencedores recebem um troféu, Troféu Valdir Benedetti. O nome do troféu refere-se ao professor Valdir Benedetti, que teve a ideia e implementou esse processo no curso. Segundo Claudinei, com o tempo algumas mudanças foram feitas. “A alguns anos atrás a propriedade em que se realizava o projeto era fictícia. Uma propriedade era inventada. Há 3 anos começou-se a fazer com propriedades reais, o que facilita um pouco  o trabalho, pois os alunos podem observa as coisas. Antes se partia do nada, desde a compra da terra e implementos. Isso dificultava a viabilização da propriedade no projeto, pois o investimento inicial era muito grande. Agora os alunos já encontram uma estrutura inicial, fazem melhorias e sugerem adequações.

Depois da apresentação os estudantes recebem um tempo para fazer a revisão do trabalho indicado pelos professores avaliadores. “Por exemplo, a turma que apresentou nos dias 24, 25 e 26 de junho terão até o dia 8 de julho para fazer a entrega da versão final corrigida. Tudo o que a banca questionou e sugeriu deve ser feito na correção. No dia 8 são entregues a versão corrigida e a versão apresentada na banca, que serão comparadas e averiguado se as correções solicitadas foram feitas.  Assim teremos condições de dar o resultado final.”

O projeto é considerado como uma disciplina no curso. É um componente que cria uma situação onde que o aluno aplica em um projeto, tudo o que estudou de forma fragmentada durante o curso.

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